terça-feira, 29 de maio de 2012

Diário de Bordo: Araioses, Brejo e entrega de prêmio em Barro Vermelho

Depois de 5:30hs de estrada, no pesado tráfego na BR-135 e das tranquilas BR-222 e MA-034, chego na cidade de Araioses, extremo leste do Estado do Maranhão, porta de entrada para o Delta do Parnaíba. Em que pese os recentes escândalos políticos das últimas semanas, a cidade parece estar alheia a tudo isso. À beira do rio Santa Rosa (um braço de mar, que também afluente do Rio Parnaíba), a cidade de Araioses tem uma aparência bem diferente da maioria das cidades interioranas do Maranhão. Organizada, limpa, bem distribuída, com ruas calçadas (sem asfalto), a cidade tem um agradável clima de tranquilidade, que vê o tempo passar mais devagar naquelas bandas do Estado.

Campo na chegada de Araioses - Carnaubais.

Rio Santa Rosa - Araioses

Praça da Igreja Matriz

Barco Escolar

Após reunião com a comunidade de Paramirim, no final da tarde pego novamente a tranquila MA-034 em direção à cidade de Brejo. Sou agraciado com um belo por do sol no Baixo Parnaíba.

Por do Sol em Araioses

No dia seguinte, sigo em direção à comunidade quilombola de Depósito, no município de Brejo. A comunidade fica distante 23 quilômetros da sede do município. Apesar de estar com um carro com tração nas quatro rodas, boa parte do caminho só pode ser feito a pé, de bicicleta ou de moto, ainda assim, como muita dificuldade.



Na reunião com a comunidade, várias reclamações e queixas em virtude da inércia do INCRA que assumiu compromissos com o quilombolas e vem, reiteradamente, descumprindo. Além disso, o presidente da Associação quilombola foi incluído no programa de proteção a defensores de direitos humanos. Contudo, nenhuma ação concreta para proteção foi feita. 

Retornando para São Luis, uma pequena parada na comunidade quilombola de Barro Vermelho, para entregar aos "modelos" um quadro com a foto premiada no concurso da OAB/MA, bem como parte do prêmio recebido. Fui recebido pela mãe dos meninos, dona Vera. Na conversa, ela me informou que o mai velho, André (19), não encontrando oportunidades de emprego na região, teve que ir para São Paulo, para trabalhar no exaustivo corte de cana de açucar. Triste realidade. O mais novo, Raimundo Nonato (17), estava na escola. O dinheiro do prêmio chegou em boa hora.

Raimundo Nonato e André, premiados pela OAB/MA

Já no final da tarde, quase em São Luis, mais um belo por do sol, dessa vez no Campo de Perizes. Dois dias na estrada. Mais uma missão cumprida.

Campo de Perizes - BR 135

Por do Sol - Campo de Perizes

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