segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Violência contra Awá-Guajás é tema de entrevista coletiva amanhã em São Luís

Situações de violência e o clima de tensão instalado na Terra Indígena Caru – onde vivem 300 indígenas da etnia Awá-Gujá – estarão na pauta de uma entrevista coletiva, que acontece nesta terça-feira (20/09), às 8:30h, na sede do Ministério Público Federal, na Areinha

Situações de violência e o clima de tensão instalado na Terra Indígena Caru – área de 170 mil hectares onde vivem 300 indígenas da etnia Awá-Gwajá – estarão na pauta da entrevista  coletiva, organizada pela Comissão de Direitos Humanos da OAB/MA,  pelo  CIMI (Conselho Indigenista Missionário), Comissão Pastoral da Terra,  Sociedade Maranhense de Direitos Humanos e Cáritas Brasileira, que acontece nesta terça-feira (20/09), às 8:30h, na sede do Ministério Público Federal, na Areinha. Líderes indígenas estarão presentes na coletiva, relatando as truculências das quais estão sendo vítimas.
Recentemente, após ação conjunta do Ibama, Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal, os Awá-Guajá tiveram sua aldeia invadida e a  casa do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), no local, foi praticamente destruída, com um saldo de documentos e arquivos destruídos. A casa só não foi completamente destruída por conta dos próprios indígenas, que impediram a continuação do atentado. O ataque foi retaliação por conta da prisão de dois “mateiros” (indivíduos que marcam as árvores para a derrubada) pela operação da Frente de Proteção Etnoambiental Awá-Guajá, recentemente criada pela Fundação Nacional do Índio (Funai). A retaliação dos madeireiros envolveu também violência contra o índigena Awá, Kamayru  que até o momento não teve atendimento nem registrou boletim de ocorrência.

OS AWÁ-GUAJÁ – Os Awá-Guajá são alguns dos últimos povos de caçadores-coletores do Brasil ameaçados de extinção. Cercados por latifúndios, criadores de gado, madeireiros e posseiros, os moradores das florestas da pré-Amazónia oriental, no Maranhão, no Brasil, vêm sendo encurralados nas suas próprias terras. Pistoleiros contratados por fazendeiros e madeireiros “caçam” qualquer índio que se lhes atravesse no caminho. 
Em português, a frase Naxatarihi areka’a mama ta do povo Awá-Guajá significa “Não queremos ver a destruição de nossa floresta” e resume os anseios dos indígenas que vivem da caça e da coleta.

 Serviço
 O quê: entrevista coletiva.
Quem: indígenas Awá-Guajá ameaçados e violentados e missionários do Cimi.
Quando: terça-feira (20/09)
Horário: às 8:30h.
Onde: sede do MPF (Ministério Público Federal), na Areinha 
Fonte: Assessoria de Comunicação da OAB/MA

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