quinta-feira, 4 de abril de 2013

Vale vai ter que retirar minério de ferro depositado na areia e no mar do final da Praia de Camburi


Empresa terá uma prazo de 90 dias para apresentar plano de retirada de minério de ferro


03/04/2013 - 15h27 - Atualizado em 03/04/2013 - 18h29

A Vale terá que retirar os restos de minério de ferro depositados na areia e no fundo do mar na região do final da Praia de Camburi. A recomendação é do Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES), por meio da Promotoria de Justiça de Meio Ambiente e Urbanismo de Vitória.
Foi estipulado um prazo de 60 dias para a empresa se pronunciar sobre o andamento do pedido e 90 dias para a apresentação de uma solução definitiva, que engloba a definição de um cronograma para a retirada do minério. Segundo o Ministério Público, a Vale já reconheceu o passivo ambiental e aguarda a disponibilidade de um local para fazer o descarte.
A reunião que definiu pela retirada do minério de ferro daquela região foi realizada nesta terça-feira (02) entre o Ministério Público, Centro de Apoio de Defesa do Meio Ambiente e Urbanismo (Caoa), o Instituto Estadual de Meio Ambiente (Iema), a Associação da Praia de Camburi e a Associação dos Moradores da Ilha do Boi, e representantes da Vale.
A empresa foi procurada pela reportagem para comentar a retirada do material e ficou de se pronunciar na tarde desta quarta-feira.
Multa
Em janeiro de 2012, o Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema) multou a Vale em mais de R$ 3 milhões. O motivo foi um acidente ocorrido no dia 7 de junho de 2011 que resultou no despejo de minério de ferro na Praia de Camburi.
Na época, o Iema afirmou que o valor da multa foi definido com base no relatório ambiental do acidente, elaborado pelo órgão. O documento levou em consideração os impactos ambientais causados à praia, à vegetação e ao mar. A eficiência na remoção e o destino adequado ao minério também foram considerados.
Areia escura é um fato recorrente e de origem natura, diz vale
Em nota, a Vale informou que está aprofundando os estudos para encontrar a solução adequada para a destinação do material. A empresa destacou ainda que os resultados dos novos estudos serão apresentados aos órgãos competentes. Segunda a Vale, a presença de areia de coloração escura na Praia de Camburi é um fato recorrente e de origem natural.
Confira a resposta da Vale na Integra
A Vale informa que está aprofundando os estudos para encontrar a solução adequada para a destinação do material depositado no extremo norte da praia de Camburi na década de 1970.
Vários estudos sobre possíveis soluções para a questão já foram realizados, entretanto, as alternativas se mostraram inviáveis por razões técnicas e/ou ambientais, dada a complexidade da operação de retirada do material.

Os resultados dos novos estudos serão apresentados aos órgãos competentes, assim como vem sendo feito desde o início das discussões sobre o assunto.
A Vale ressalta que o material depositado no extremo norte da praia de Camburi está confinado naquela região, não impactando qualquer outra área da praia, e que não há qualquer correlação entre a areia de coloração escura encontrada nas areias de Camburi e as antigas operações da Vale na Ponta de Tubarão.
A presença de areia de coloração escura na Praia de Camburi é um fato recorrente e de origem natural. Essa areia possui características de areia monazítica encontrada em várias praias do litoral do ES, sendo a mais famosa a Praia da Areia Preta em Guarapari. Esse fato foi evidenciado pelo IEMA e pela UFES em estudos realizados e em divulgações recentes ocorridas na mídia local no ultimo ano.
A Vale reitera seu compromisso com o meio ambiente e com a comunidade, ressaltando seu empenho em definir uma alternativa viável técnica e ambientalmente para a solução da questão.
Fonte: Da Redação Multimídia

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