A Suzano Papel e Celulose decidiu suspender o Projeto Piauí e o Suzano Energia Renovável “por tempo indeterminado”, segundo fato relevante enviado nesta terça-feira à Comissão de Valores Mobiliários (CVM). O Valor PRO, serviço de informações em tempo real do Valor, antecipou a notícia ontem.
A unidade de produção de celulose no Piauí foi anunciada em 3 de setembro de 2010, ressaltou a companhia. Já o empreendimento de fabricação de pelotas de madeira teve o investimento divulgado em 29 de julho do mesmo ano.
A retomada dos projetos está atrelada a índices de endividamento do grupo. Segundo a apresentação arquivada na CVM para a teleconferência dos resultados do quarto trimestre, a alavancagem financeira da Suzano precisaria cair a 2,5 vezes.
A relação entre a dívida líquida e o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) da empresa, que segue a alavancagem, terminou dezembro em 5 vezes, após chegar ao fim de 2011 em 4,2 vezes.
Na mesma comparação, o endividamento líquido da Suzano cresceu 16,7%, atingindo R$ 6,38 bilhões. A dívida bruta — que não considera o caixa da companhia — subiu 22,6%, para R$ 10,72 bilhões.
Também nesta terça-feira, a empresa anunciou que teve prejuízo líquido de R$ 182,1 milhões em 2012, frente ao lucro líquido de R$ 29,9 milhões registrado um ano antes.
(Renato Rostás | Valor)
Nota do titular deste Blog: O atual projeto de cultivo de monocultivo de eucalipto na região do Baixo Parnaíba Maranhense, numa área de 42 mil hectares (que está suspenso por determinação judicial desde abril de 2012 - leia aqui - por irregularidades no processo de licenciamento ambiental realizado pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente) visa abastecer a fábrica que a Suzano Energia Renovável recebeu licença para construir no município de Chapadinha-MA.
Importa ressaltar que desde o anúncio da instalação do projeto de monocultivo de eucalipto na região do Baixo Parnaíba, vários conflitos com comunidades tradicionais eclodiram, originando ações de defesa do território (judiciais ou não). Nas comunidades que a SMDH acompanha sócio-juridicamente, o Grupo Suzano tem perdido os recursos apresentados ao TJ/MA. Além disso, foi constatado que parte da área que o Grupo alega ser de sua propriedade, foi identificado que são áreas arrecadadas pelo Estado do Maranhão desde 1983 (leia aqui).
Importa ressaltar que desde o anúncio da instalação do projeto de monocultivo de eucalipto na região do Baixo Parnaíba, vários conflitos com comunidades tradicionais eclodiram, originando ações de defesa do território (judiciais ou não). Nas comunidades que a SMDH acompanha sócio-juridicamente, o Grupo Suzano tem perdido os recursos apresentados ao TJ/MA. Além disso, foi constatado que parte da área que o Grupo alega ser de sua propriedade, foi identificado que são áreas arrecadadas pelo Estado do Maranhão desde 1983 (leia aqui).
replicado em www.urbanosantos.com
ResponderExcluirObrigado, Iran!
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